Colunistas // Mirian Gasparin

O setor de alimentação saudável é um nicho que vem crescendo a passos largos e é um mercado interessante para quem deseja investir no próprio negócio. De acordo com pesquisa da Nielsen, o segmento cresce mais de 12% ao ano. Em relação a faturamento, estudos apontam uma movimentação anual de R$ 35 bilhões, o que faz do Brasil o quarto maior mercado do mundo.

No Paraná, uma das empresas especializadas em produtos saudáveis, a Vitao Alimentos, que atua com linhas sem açúcar, glúten ou lactose, mapeou o mercado e entendeu que o público, principalmente o da geração Z, ou seja, com idades entre 8 e 23 anos, está buscando uma variedade maior de produtos com qualidade nutricional nas gôndolas dos supermercados.

A explicação que me foi passada pelo gerente de Marketing da Vitao, Rafael Hortz, é que as redes sociais já são inerentes na vida do consumidor, que nasceu entre 1995 e 2010, e nesse meio, a alimentação saudável é motivada, trazendo uma mudança positiva no comportamento desses jovens.

Mas também consumidores de outras faixas etárias estão optando por produtos mais saudáveis. Por exemplo, uma pesquisa, do Instituto Qualibest, revela que 73% dos consumidores entrevistados são classificados como oscilantes, ou seja, têm o hábito de ingerir alimentos saudáveis esporadicamente. Destes, 45% valorizam o sabor e 35% optam por qualidade nutricional.

A partir daí, o gerente de Marketing da Vitao afirma que a marca também está atingindo os consumidores que acreditam em um estilo de vida mais benéfico nas refeições, mas que priorizam mais o sabor do que a qualidade.

Muitos produtos que são lançados no mercado acabam sendo passageiros. No caso da alimentação saudável, este mercado já está consolidado?

Rafael Hortz me disse que como representante e líder do setor, a Vitao está atenta ao crescimento da demanda, que tende a se consolidar e expandir. Na avaliação do executivo, não se trata de uma moda passageira e o consumo saudável veio para ficar. Então, entender este fenômeno é crucial.

Prova disso é que ainda há uma parcela muito grande da população, ou mais de um terço, que acha difícil de encontrar produtos de qualidade nutricional em evidência no mercado. Portanto, ainda há muito trabalho para ser feito e um bom campo de negócio para ser explorado.