Colunistas // Mirian Gasparin

Os negócios envolvendo o setor de seguros no Paraná acumulam crescimento, este ano. Entre janeiro e agosto, o setor de seguros do estado arrecadou mais de R$ 16 bilhões, o que representou um aumento de 1,9% em relação a igual período de 2022. Já, os pagamentos das seguradoras somaram quase R$ 5 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, ou uma queda de 36% se comparados aos primeiros oito meses do ano passado.

As informações são do presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Dyogo Oliveira, que está neste momento reunido, em Curitiba, com o presidente do Sindicato das Seguradoras do Paraná e do Rio Grande do Sul, Altevir Prado. Na avaliação do presidente da Confederação, o setor de seguros do Paraná é uma potência e a entidade está trabalhando no sentido de que cada empresa do segmento possa se expandir e, assim, gerar mais oportunidades para a economia do estado.

Observando o comportamento dos consumidores de seguros, Dyogo Oliveira explica que os acontecimentos recentes que afetaram a população, como a pandemia, por exemplo, trouxeram para as pessoas a necessidade de garantir mais segurança. Ainda segundo o empresário, com a Covid-19, as seguradoras notaram um interesse maior na adesão de produtos com foco em vida e saúde. Por isso, ele acredita que outros ramos do setor também devam crescer com o aumento de outros eventos, como no caso dos ataques cibernéticos e das mudanças meteorológicas extremas.

Segundo informações que me foram passadas pela Confederação Nacional das Seguradoras, desconsiderando Saúde Suplementar e o DPVAT, os setores que mais pagaram no acumulado deste ano foram “Danos e Responsabilidade”, com pagamentos no valor de quase R$ 3 bilhões; “Cobertura de Pessoas”, com cerca de R$ 1,104 bilhão e “Capitalização” que desembolsou R$ 1,1 bilhão e aos segurados.

Quanto à venda de seguros, a área de maior arrecadação no Paraná, entre janeiro e agosto, foi a de cobertura de pessoas com mais de R$ 9 bilhões. Na sequência estão Previdência aberta com R$ 6,5 bilhões e DPVAT, com R$ 6,4 bilhões. No caso específico de seguro de veículos, o valor de venda nos primeiros oito meses deste ano, em todo o Estado, somou R$ 3 bilhões, muito acima dos R$ 154 milhões verificados no seguro habitacional. Isso significa que as pessoas fazem mais seguro para os seus carros do que para o imóvel em que residem.