Colunistas // Mirian Gasparin

O mercado farmacêutico deve encerrar o ano com saldo positivo. As projeções apontam um crescimento no faturamento das farmácias da ordem de 10%, embora em algumas redes este percentual deva oscilar entre 12% e 15%.

Eu conversei com o diretor executivo da rede Panvel, Roberto Coimbra, e ele me explicou que a alta no faturamento das farmácias se deve uma série de fatores, entre os quais, o reajuste dos medicamentos; o maior consumo de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos e a expansão de lojas.

Aliás, no caso específico da Panvel, a rede gaúcha que conta com 600 lojas nos três estados do Sul e em São Paulo, comunicou esta semana ao governador Ratinho Junior, que continuará sua expansão no Paraná. A rede chegou ao Estado em 2010, e hoje está presente em mais de 20 cidades paranaenses, com 100 farmácias, das quais, 50 em Curitiba, além de contar com um de seus principais centros de distribuição, localizado em São José dos Pinhais, que abastece as lojas do Paraná, Santa Catarina e de São Paulo.

O programa de expansão da Panvel prevê a abertura de mais 100 lojas no Paraná, sendo 29 somente em 2024.

Segundo dados do Conselho Federal de Farmácias existem cerca de 90 mil estabelecimentos farmacêuticos em todo o Brasil, sendo 6.500 só aqui no Paraná. Nos últimos 20 anos, o número de farmácias cresceu 63% e a tendência é de que novas farmácias continuem sendo inauguradas.

Eu perguntei ao diretor executivo da rede Panvel, sobre qual a forma para crescer em meio à forte concorrência e ele me disse que além de preços competitivos e uma gama de produtos genéricos, a farmácia deve se diferenciar pelo bom atendimento. Ou seja, a qualidade deve estar presente em todas as atividades numa farmácia, desde a escolha dos produtos junto aos fornecedores até o atendimento para o consumidor final. Nesse sentido, pensar em inovação é o melhor caminho para fortalecer a marca e prosperar no mercado.

Por fim, eu perguntei ao Roberto Coimbra sobre em quanto corresponde do faturamento a venda de medicamentos, uma vez que a maioria das farmácias se transformou em loja de conveniências. De acordo com o executivo, em média, a venda de medicamentos representa 65% do faturamento, mas nas farmácias independentes, este percentual é maior.