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Mirian Gasparin

Varejo investe no desenvolvimento de produtos de menor impacto climático.

 Tecnologia e clima impulsionam a reinvenção dos negócios

Foto: Freepik

 A disrupção tecnológica e as mudanças climáticas são duas megatendências globais que estão impulsionado a reinvenção dos negócios de uma forma geral. Isso ficou comprovado na 27ª pesquisa anual da consultoria PwC, que ouviu quase 5 mil CEOS de 100 países, incluindo o Brasil. Os resultados desse estudo foram divulgados ontem a um seleto grupo de jornalistas brasileiros, do qual eu participei.

A pesquisa aponta que mais de 60% dos líderes de consumo e varejo entrevistados no Brasil acreditam que as mudanças tecnológicas afetarão muito a forma de gerar valor ao negócio nos próximos três anos. Já 57% dos diretores de empresas brasileiras indicaram que a inovação vem influenciando a geração de valor nos últimos cinco anos.

No caso específico das mudanças climáticas, o estudo da PwC revelou que os CEOs da indústria brasileira de consumo e varejo estão investido bem mais no desenvolvimento de produtos de menor impacto climático do que a média geral de outros setores do país. Ou seja, a venda de produtos, serviços ou tecnologias que apoiem os esforços de resiliência climática é uma realidade para 67% dos líderes varejistas no Brasil, enquanto a média nacional é de 48%.

Outro ponto que chama a atenção neste estudo é que os tomadores de decisão do setor de consumo e varejo aceitariam ter menos retorno diante de investimentos mais sustentáveis.

A pesquisa da PwC indica que a maioria dos CEOs das empresas situadas no Brasil avalia que a inteligência artificial deve trazer impactos positivos aos negócios nos próximos 12 meses. Para mais de 60% dos executivos ouvidos, esse tipo de ferramenta deve aumentar a eficiência de trabalho dos funcionários. Já 40% acham que a Inteligência Artificial deve aumentar a produtividade das empresas e para 15% deve trazer, inclusive, aumento nas receitas.

Por fim, o estudo mostrou que mais de 50% dos líderes de consumo e varejo no Brasil estão confiantes quanto ao crescimento econômico em 2024. Este otimismo está acima da média global. A justificativa se apoia no cenário de redução das taxas de juros.

Mirian Gasparin

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