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Mirian Gasparin
 Transporte de cargas cresce por dois anos seguidos

Foto: DER/PR

O setor de transporte rodoviário de cargas continua sendo o modal mais utilizado no Brasil, respondendo por 75% de todas as mercadorias que são movimentadas pelo território nacional. Além de poder ser utilizado como único transporte para a integração e a distribuição de produtos entre as diferentes regiões, também é usado como intermediário entre outros modais, como o marítimo e o aéreo. 

Também não podemos esquecer, que este segmento tem um papel importante na geração de emprego e renda para milhões de pessoas. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito, existem hoje mais de 3,5 milhões de caminhões em circulação em todo o País, sendo cerca de 300 mil aqui no Paraná, dos quais, a maioria é conduzida por motoristas autônomos ou cooperados. Esse setor também envolve diversas atividades relacionadas à logística, como armazenagem, manutenção, segurança, fiscalização e gestão.

Apesar da sua importância e da sua predominância no cenário brasileiro, representando nada menos do que 5% do Produto Interno Bruto do País, o transporte rodoviário de cargas enfrenta diversos desafios, que comprometem a sua eficiência e a própria competitividade do setor.

Entre os principais problemas estão a falta de infraestrutura adequada nas rodovias, congestionamentos, pedágios caros e insegurança. Esses fatores aumentam os custos operacionais, os riscos de acidentes e também os prazos de entrega das cargas.

Outro desafio apontado pelos empresários do transporte rodoviário de cargas é a falta de regulamentação e fiscalização do setor, que gera informalidade, concorrência desleal, evasão fiscal e até a exploração dos trabalhadores.

Eu conversei com empresários do setor, e eles se mostraram otimistas tendo em vista que o transporte rodoviário de cargas tem registrado um crescimento considerável nos últimos dois anos. Só para se ter uma ideia, pesquisas apontaram que, em 2022, 81% das transportadoras brasileiras obtiveram lucratividade positiva, sendo que 56% operaram com lucro, e o aumento médio do faturamento foi de cerca de 16%.

A justificativa para o bom desempenho é que mesmo com os desafios, o setor vem aprendendo a lidar da melhor forma possível, seja por conta do aumento no preço dos combustíveis ou no valor do frete.

Mirian Gasparin

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