Colunistas // Mirian Gasparin

Quando o produto que uma empresa produz ou vende vira material de descarte na mão do consumidor, aí surge a oportunidade de não apenas fazer o bem para a sociedade e o planeta, mas principalmente construir uma imagem positiva para o negócio e ainda faturar. 

Portanto, implantar uma política de logística reversa é uma obrigação para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos como agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos, lâmpadas e eletroeletrônicos.

E quem pensa que a logística reversa é algo a ser praticado apenas por grandes empresas está enganado. Os donos de pequenos negócios precisam construir uma estratégia para o recolhimento de produtos e embalagens, o que pode incluir a disponibilização de pontos de coleta e também a parceria com cooperativas.

Existem várias razões para que as pequenas empresas implantem uma estratégia de logística reversa. O primeiro motivo é cumprir a lei, afinal de contas ela está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. E ao cumprir a lei e ser reconhecida como uma empresa amiga do meio ambiente, o negócio acaba agregando valor, atraindo a atenção especialmente de consumidores de perfil mais consciente.

Outra vantagem é a melhora nos processos e redução de custos, uma vez à medida que os processos se tornam melhores, caem os gastos na produção, armazenagem e distribuição. Também não se pode esquecer que o reaproveitamento de matéria-prima promove economia.

Já o investimento na criação de um programa de logística reversa tende a se pagar rapidamente ao agregar valor aos produtos e devolvê-los ao ciclo de negócios.

Tudo começa pela elaboração de um plano de resíduos sólidos, que irá delimitar as ações, da coleta à reutilização, reciclagem ou desmanche. E aí vale a pena destacar que o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza um manual completo para essa etapa. Depois, como em qualquer planejamento no negócio, o segredo está na implantação gradativa das medidas, avaliando os resultados.

Outro cuidado importante para preparar a logística reversa é investir em tecnologia e otimizar a estratégia com ferramentas de controle eficiente e que ofereça uma visão completa sobre os processos.