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Mirian Gasparin

Setor é bastante concorrido, mas há espaço para todos.

 Mercado de colchões cresce em vendas e em lojas 

Foto: Guilherme Massuda Marinelli

O mercado de colchões vem crescendo em vendas e em número de lojas. De acordo com o Estudo do Comportamento de Compra do Consumidor de Colchões 2024/2025, realizado pela empresa Inteligência de Mercado (Ieme), as vendas de colchões no varejo cresceram quase 5%, no ano passado, e somaram mais de R$ 18 bilhões. Em número de colchões comercializados, a pesquisa apontou a venda de 35 milhões de unidades em todo o País. A expectativa do setor é de mais crescimento nos próximos cinco anos.

Quando se analisa os canais de venda, o estudo da Ieme mostrou que 47% das camas box e colchões são vendidas em lojas especializadas independentes; 25% em redes de lojas especializadas; 16% em lojas de departamento e 12% em hipermercados.

Eu conversei com o empresário Cleber Florêncio, que está inaugurando a terceira loja Ecoflex, em Curitiba, e ele me disse que o mercado brasileiro de colchões é bastante competitivo, com expectativas de crescimento para aqueles que se destacam no atendimento humanizado e na qualidade dos produtos.

De acordo com o empresário, o que ele tem percebido na prática é que as fábricas estão com o desafio de reduzir os custos de produção dos colchões, tornando-os mais acessíveis ao consumidor, porém a qualidade vem caindo a cada ano.

Cleber Florêncio me explicou que a redução dos preços dos colchões se deve à substituição da matéria-prima. Desde 2020, cerca de 90% das marcas estão substituindo a espuma pelo EPS, ou poliestireno expandido, que nada mais é do que o famoso isopor. O empresário alerta que embora esta matéria-prima barateie em 10% o preço final, o produto terá menor qualidade e a durabilidade será reduzida. O empresário destaca que a Ecoflex está indo contra essa tendência.

Fundada há 37 anos, a Ecoflex, que tem fábrica em São Bento do Sul, mantém o foco na produção artesanal de colchões, priorizando a qualidade em cada detalhe, principalmente na escolha da matéria-prima.  

Eu fiz este mesmo questionamento ao Cleber Florêncio, e ele me disse que a demanda por colchões aumentou a partir do momento que os consumidores passaram a ver o colchão como um produto de saúde.

O empresário me explicou que no período da pandemia muitos consumidores compraram colchões pela internet, mas por não terem conhecido o produto de perto, hoje estão fazendo a substituição e preferindo comprar numa loja física.

Mirian Gasparin

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